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DIÁLOGO ABERTO, O ORIGINAL, é um espaço interativo cuja finalidade é a discussão. A partir de abordagens relacionadas a muitos temas diversos, dos mais complexos aos mais práticos, entre teologia, filosofia, política, economia, direito, dia a dia, entretenimento, etc; propõe um novo modo de análise e argumentação sobre inúmeras convenções atuais, e isso, em uma esfera religiosa, humana, geral. Fazendo uso de linguagem acessível, visa à promoção e à saliência de debates e exposições provocadoras, a afim de gerar ou despertar, em o leitor, um espírito crítico e questionador.

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sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Jesus e o álcool




1. Tratar da utilização de álcool por religiosos é sempre uma questão polêmica, principalmente, em se tratando dos seguimentos que proíbem tal uso terminantemente. 

2. Porém, acho necessário comentar a respeito, devido ao preconceito e a má utilização de textos Bíblicos com relação ao caso. 

3. Primeiramente, muitas pessoas, a fim de usar a Bíblia para proibir o uso por cristãos, afirmam que, no Novo Testamento, qualquer aparecimento da palavra vinho trata-se apenas de suco de uva, com 0% de teor alcoólico. Ou seja, dizem que há uma proibição clara quanto à uva fermentada, não com a sem fermentação. 

4. Para conhecimento, li inúmeros estudiosos sobre o tema "bebida" no mundo antigo, em um contexto hebreu, egípcio, grego, latino, e outros, para tentar descobrir se a informação era verdadeira. Logicamente, deparei-me com uma dificuldade inicial. 3 dos principais especialistas na área, arquelógica e historicamente, afirmam que não existia, há dois mil anos, época em que a história neotestamentária desenrola-se, remoção completa da fermentação da uva. Ou seja, não existia tecnologia que fizesse a extração do álcool do suco, deixando-o com 0% de teor embriagante. Essa técnica foi desenvolvida muito tempo depois pelos Europeus. Havia sucos que eram deixados para fermentar mais tempo do que outros, diferenciando, assim, a quantidade, surgindo a bebida forte e a normal, mas nunca 0%.

5. Logo, para começo de conversa, não havia chances tecnológicas de qualquer vinho ser 100% suco de uva, como encontramos atualmente nos mercados. 

6. O vinho sempre fez parte do cotidiano da família judaica, desde a antiguidade. O seu consumo simbolizava os grandes triunfos da cultivação, a prosperidade, a alegria, união, e outras coisas mais. Ninguém tomava refrigerante há dois mil anos atrás, tomava-se o vinho com baixo teor alcoólico. Nas festa, de casamento, por exemplo, eram distribuídas bebidas mais fortes, especiais, conservadas justamente para ocasiões importantes. É o caso das bodas de Caná, em que Jesus transformou a água, deixando todos aqueles convidados alegres, prontos para continuarem o consumo. 

7. A cerveja, em alguns casos, era consumida em um contexto judaico, mas não com tanta frequência quanto o vinho. Por ser uma das bebidas, senão a, mais antigas do mundo, com certeza, tinha sua influência notória naquelas regiões. 

8. Biblicamente - termo que as pessoas gostam de usar; que eu acredito que não exista- não existe sentido em proibir-se o consumo moderado. Aliás, milhares de versículos estimulam tal fato, destacando livros de sapiência e poéticos. 

9. Penso que exista uma generalização errada sobre o assunto dentro de círculos evangélicos, não possibilitando o cotejo de ideias que possam melhorar a imagem dessa "atividade" marginalizada. 

André Francisco 

domingo, 15 de setembro de 2013

A inclusão do funk na liturgia sagrada conservadora (imparcial)




1. É normal que, a cada década, um estilo musical seja criado e popularizado. Tem-se como exemplo o rock, o reggae, o pop norte-americano, o pop rock, blues, jazz, e outros mais tipos distintos. O homem, como ser criativo, renova os meios de entretenimento , principalmente nessa área.

2. No contexto atual nacional, o funk tem sido um estilo musical bastante questionado quanto a suas características artísticas. Há quem diga que não se trata de um ritmo que deve ser levado a sério, porém, não é surpresa para ninguém perceber que tem tido uma acensão incrível desde meados da década passada.

3. Normalmente, tem havido uma inclusão considerável desse estilo em todos os eventos direcionados à diversão por via de música em contexto nacional. Até mesmo nos que são considerados como primeiro escalão. Secundariamente também. Dificilmente, vê-se uma festa que não haja uma participação direta do funk em seu desenvolvimento. 

4. Duas das principais capitais do Brasil representam-no diretamente, São Paulo e Rio de Janeiro, caracterizando-lhe como funk paulista e carioca. Isso contribui para a materialização de um estilo que possui seu próprio rosto, seus aspectos primordiais, suas características de letra, harmonia, melodia. 

5. Em em se tratando de um contexto litúrgico-religioso, percebe-se que o funk ainda não tem sido aceito pela maioria dos movimentos. Esse processo de aceitação aconteceu com todos os outros estilos supracitados, durante bastante tempo na história mais recente da inovação musical. Destacando-se as igrejas protestantes tradicionais, onde existe uma maior demora e menos flexibilidade de adaptação às novidades que lhes são apresentadas (em quaisquer áreas). 

6. Algumas comunidades cristãs já tem aderido à "moda" e iniciado um processo de inclusão. Alguns hits conhecidos tem tentado popularizar essa ideia intraeclesiasticamente. Em comunidades mais carentes, há mais facilidade de aceitação por parte das pessoas, salientando a carência de um posicionamento crítico próprio e consistente. 

7. Com certeza, como aconteceu com o rock, a partir de algumas bandas que radicalizaram seu uso para dentro das paredes do templo, destacando-se os anos 90 e o crescimento do evangelicalismo brasileiro, o funk tornar-se-á comum, futuramente, às liturgias animadas de igrejas novas. Até mesmo, otimisticamente, dentro de ambientes mais tradicionais e conservadores, conforme já mencionados. Esse processo, com a passagem de gerações mais antigas de posições de governo e destaque na hierarquia eclesial, toma proporções mais aceleradas, visíveis provavelmente ainda nessa década. 

André Francisco

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

7 bons motivos pelos quais não vou mais à igreja!

Tenho encontrado com diversas pessoas e amigos, pessoas que me conheceram há tempos, que conviveram comigo na época pré-seminário e me tinham como  futuro pastor ou algo do tipo e elas me perguntam como "vai na igreja", e já percebem que estou pra lá de Bagdá, pelo meu novo "visû" com direito a tatuagens e tudo mais. Geralmente, respondo: "estou de férias" e tenho que lhe dar com aqueles olhares desconfiados, com um misto de tristeza e indignação, que provavelmente são decorrentes do pensamento que minha alma antes salva e remida agora se encontra veementemente em direção ao inferno. Pois bem, "estar de férias" foi a resposta mais curta, bem humorada e evasiva que encontrei para tirar o foco de uma possível conversa embaraçosa sobre o porquê não vou mais à igreja. A despeito disso, decidi pontuar alguns motivos que me fizeram desistir da caminha eclesiástica; e não senhores, não foi porque a carne é fraca ou o inimigo é poderoso, são motivos mais interessantes e menos banais do que esses, vejamos:


1. Toda instituição tem direitos e deveres, e você, como membro de tal instituição (a sua denominação), precisa estar de acordo com isso. Comecei a perceber que alguns deveres doutrinários eclesiásticos eram anti-bíblicos e faziam parte de uma teologia que era caótica, opressora e ultrapassada (qualquer estudante sério de um curso teológico competente, sabe do que estou falando ), que realmente oprimiam meu espírito, não havendo compensação nem pelos direitos inclusos. Não pode isso, não pode aquilo, não faça isso, não faça aquilo, porquê? porque Deus não se agrada. E aonde está isso? Na bíblia oras! Tá nada.

2. Não havia espaço para formadores de opinião, somente lobotomizados. A história é a mesma do sistema católico. Lá o Papa e Roma falam e o resto obedece, na igreja o Pastor presidente e seus comissionados falam, as ovelhas não questionam, a despeito do tal título de "protestantes" e todo o discurso libertador de Lutero. Primeiro não questionam porque falta "informação" para que os mesmos discursos manipuladores se proliferem. Segundo, porque questionar lhes deixa com a marca de rebelde e revolucionário, nome moderno para "herege"; e a maioria das pessoas não querem serem taxadas assim, querem apenas viver vidas felizes, ter bons relacionamentos e ir à melhor pizzaria da cidade no final de semana.

3. Na maior parte dos casos, a doutrina é mais valiosa do que a pessoa humana. É sempre mais Paulo, do que Jesus. Você só possui valor se andar de acordo com o a,b,c,d  da cartilha doutrinária, caso o contrário, seu nome é bode e você estará condenado a viver nas margens dos grupos comprometidos com a causa, ou simplesmente um fantasma que só tem o direito de sentar no banco e assistir aos cultos de domingo, onde o pastor sempre fala sobre amor, perdão, justiça e inferno no final (na maioria das vezes discurso vazio, sem ação ou prática). Se você for um homossexual, é bem provável que nem tenha amigos.

4. Esse molde de instituição eclesiástica européia-norte americano instalado no Brasil nada tem a ver com a definição de igreja que "possivelmente" Jesus Cristo propagou. Muitos gostam, é verdade, o mundo de hoje é institucionalizado, outra verdade, mas se compararmos Igreja Moderna (instituição eclesiásticas ou denominações) com Igreja Conceito (Corpo de Cristo), ficaríamos horrorizados com as atrocidades que muitos lideres cometem em nome de Deus.

5. A velha guerra contra a velha senhora teologia. Pensar é proibido, afinal, se pensa, questiona-se, se questiona, coloca-se em cheque a validade da doutrina ou dogma, portanto, nada de pensar. Teologia é coisa do diabo, porque "esfria". A única teologia que presta é a confessional, aquela que defende todos os nossos catequismos denominacionais. Isso não é fazer teologia, é aulinha de EBD, maternal para crianças, é o começo de tudo. Estudar a bíblia seriamente e encará-la como um livro histórico, montado, com processos de formação que envolvem sistemas de pensamentos, influências culturais, imersão em sociedades antigas, fatos arqueológicos, vícios de linguagem, linguagem propriamente dita, avaliações hermenêuticas e exegéticas; e não somente estudar a bíblia, estudar a religião como fenômeno, suas origens e causas, o ser humano em si, sua natureza, sua vida em sociedade e todos as ciências que envolvem Homem e Religião; ou seja, é desnudar-se, estar pronto para desconstruir conceitos formados no senso comum e construir novos conceitos baseados na maturidade intelectual e espiritual de um estudo sério sobre sua própria crença. Diz respeito a conhecer a si próprio ou a sua própria verdade, entender-se como ser religioso. Se no final de toda essa caminhada ainda permaneceres com sua fé, entenderás o sentido existencial da religião, e que crer em algo (no caso no cristianismo) é uma escolha pessoal e ultrapassa os limites da razão, não abrindo mão dela ao mesmo tempo. Portanto, "diabo", nesse caso, é a preguiça do imediatismo religioso para não percorrer o árduo caminho da cansada velha senhora teologia.

6. A igreja nunca foi e nunca será a unica fonte de espiritualidade existente e nem a melhor de todas elas, isso é apenas retórica de marketing de sermão de pastor do culto de domingo. Ela pode ser uma boa fonte sim, dependendo da liderança comprometida com as pessoas e com um discurso de fato cristão. Falo isso porque uma vez me questionaram, como andava a minha vida espiritual, respondi sinceramente "vai muito bem", a pessoa não satisfeita perguntou novamente, "mas você tem ido à igreja?", respondi "não, mas amo minha família, meus amigos, passo meu melhor tempo com eles e ainda escuto rock de boa qualidade", nem preciso dizer que tive de ouvir um sermão tenso da necessidade de ir à igreja por dezenas de motivos. A grande verdade é que eu, Rodrigo Mascarenhas, me sinto feliz, preenchido espiritualmente e com um propósito estabelecido de vida, sem precisar ir ao templo. Aterrorizado?! Não deveria. Ao contrário do que falaram pra você, não é necessário ir à igreja para ser feliz ou ter paz, ser salvo, ou algo do tipo; ou talvez devesse considerar que 2/3 da humanidade ou mais não vão a igreja e nem por isso vivem em miséria espiritual porquê não receberam o afago dos irmãos ou ouviram o sermão abençoado do pregador ungido. Não pretendo ser cruel e não ridicularizo sua fé com isso. Se considera a igreja como uma boa fonte de espiritualidade para você, se isso lhe satisfaz, lhe traz felicidade, propósito de vida, sentido existencial, siga o seu caminho, mas não olhe para mim com olhar de "pena", pensando, pobre rapaz, tão infeliz longe dos caminhos do Senhor. O mundo não gira entorno da sua verdade.

7. Interpretação fundamentalista da bíblia sagrada. Como diria o reverendo Joaquim Beato, " Sua leitura (protestante) é feita a partir de esquemas externos, como o dispensacionalismo, ou de uma tipologia que transforma o Antigo Testamento em Novo Testamento, dependendo somente da capacidade imaginativa do intérprete; ou ainda na busca de textos bíblicos isolados, com o intuito apologético de fundamentar suas doutrinas peculiares e combater as doutrinas alheias diferentes", portanto desonesta. O que nos leva a outro caso, a apropriação do cristianismo como verdade absoluta. A partir disso, todos as outras formas e expressões de religiosidade ou religiões estão erradas e incompletas, portanto direcionadas ao inferno. Não há como fugir, se você pensa dessa forma, provavelmente 2/3 da humanidade caminham em direção as chamas satânicas de Lúcifer, e se você consegue dormir a noite com tal convicção e informação, ou no fundo você não liga muito pra isso ou é um tipo de sociopata ideológico.


Portanto, caro amigo, essas são algumas de minhas razões ou as principais delas para eu não frequentar mais a igreja. Não escrevi esse texto para que você se tome a mesma decisão que tomei, na verdade estava cansado de ser banalizado pela minha escolha; e se tomar que seja por contra própria, ciente das consequências do seus atos, mas se nenhum tipo de culpa, afinal você não precisa do templo para ser "salvo", se é isso que lhe prende a sua denominação. Você tem a liberdade também para procurar outra denominação; e acredite algumas são melhores do que outras, mais honestas, mais afetuosas, mais saudáveis dentro daquilo que pontuamos no texto, basta saber discernir, ou se preferir ainda, pode sofrer as duras chibatadas da incompreensão e tentar uma mudança no seu meio, esse é pior de todos os caminhos, mas se conseguir, será o maior dos êxitos. Quanto a mim, fico aqui, totalmente aberto para um convite em sua igreja ao domingo, mas já adianto logo que não aceitarei ao apelo do pastor para ir a frente após ao sermão, e logo após o culto iremos para um bar comer deliciosos quitutes, tomar um geladíssimo chopp e teologar ao som de um bom MPB, bela programação eim?!



Rodrigo de Barros Mascarenhas



A música "Sorte Grande (Poeira- Ivete Sangalo)" e a hermenêutica defeituosa




1. São três os responsáveis principais pelo caos interpretativo que quero destacar nesse artigo: Orígenes, a interpretação conservadora literalista da Bíblia e a Ivete Sangalo.

2. Trago em questão a música "Sorte Grande", famosa "Poeira", da cantora acima citada, que por muitos carnavais brasileiros tem incendiado o público com seu gingado baiano, atráves do axé.

3. Para quem não conhece a letra, vai na sequência: 

A minha sorte grande,
Foi você cair do céu,
Minha paixão verdadeira.
Viver a emoção,
Ganhar teu coração,
Pra ser feliz a vida inteira...
É lindo o teu sorriso,
O brilho dos teus olhos,
Meu anjo querubim.
Doce dos teus beijos,
Calor dos teus braços,
Perfume de jasmim...
Chegou no meu espaço,
Mandando no pedaço,
Com o amor que não é brincadeira.
Pegou me deu um laço,
Dançou bem no compasso,
De prazer levantou poeira.
Poeira
Poeira
Poeira
Levantou poeira!
Poeira
Poeira
Poeira
Levantou poeira!

4. Pois bem. A questão está relacionada com a interpretação tradicional de muitos evangélicos conservadores quanto a essência da letra dessa música, que, para muitos deles, expõe, de maneira subliminar, a queda de Satã, o Lucifere, segundo Jerônimo na vulgata latina, e parte devida a Orígenes, é claro.

5. Para entendermos a questão, é necessário que uma pequena centralização seja feita. A dificuldade toda está adjungida à Isaías 14,12,  a qual indica a queda de הֵילֵ֣ל בֶּן־שָׁ֑חַר, estrela d'alva. Orígenes interpretou como sendo uma referência direta a Satã, o adversário do Antigo Testamento, implícita e comparativamente, fazendo jus ao seu método de leitura e exegese, apadrinhado a Fílo de Alexandria. Jerônimo confirmou a crença nessa hermenêutica defeituosa, traduzindo הֵילֵ֣ל בֶּן־שָׁ֑חַר  (heilel ben-shachar) por lucifere, corretamente, porém, reforçando a ideia de que se tratava de Satã e não de uma alegoria ao Rei Babilônico, conforme o próprio texto sugere em 14, 4.

 OBS: para maiores informações: 

  http://dialogoabertoriginal.blogspot.com.br/2012/11/disse-jesus-eu-sou-lucifer.html

6.  O texto foi interpretado e ainda é, desta maneira, por grande quantidade de igrejas, consolidando, assim, inúmeras doutrinas de demonologia, apocalípticas, entre outras, que constituem seus credos fundamentais. 

7. No caso da música, a ideia popular é que Ivete Sangalo, sabendo dessa "referência do texto à Satanás", popularizou o seu triunfo, divinizando-o e comentando sua queda, além do amor que tem por ele. Os mais radicais, fazendo uma ligação com o Estado natal da cantora, Bahia, e sua grande quantidade de religiões afro-brasileiras, ritualísticas, de macumba (linguagem intra-religiosa), magia, não pensam duas vezes ao afirmarem tais relações satânicas. As palavras-chave, que salientam o argumento tradicional, são: "você cair do céu"/ "anjo querubim"/ "perfume de jasmim"/ "pegou me deu um laço". 

8. O religioso, em sua cabeça, pensa: quem caiu do céu? Isaías 14 responde, Satã. Quem era anjo querubim antes de cair? Satã. Quem vivia entre as pedras afogueadas nos jardins de Yah? Satã. Quem, atualmente, está disposto a dar um "laço" nas pessoas, levando-as ao inferno? Satã. Pronto! Argumento construído e com base Bíblica. 
  
9. Defeito de todas as partes. Isaías 14 não faz referência à Satã. Lucifere também nunca foi Satã, em nenhum texto Bíblico. Aliás, a segunda epístola nomeada de Pedro chama Jesus de lucifere na mesma tradução de Jerônimo, Vulgata Latina. 


"...e a estrela d'alva surja nos vossos corações". 2 Pedro 1:19 (ARC)
"...e a estrela da alva nasça em seus corações". 2 Pedro 1:19 (NVI)
"...et lucifer oriatur in cordibus vestris". 2 Pedro 1:19 (Vulgata Latina)

10. Logo, estão errados: Orígenes, que iniciou a hermentêutica defeituosa de Isaías. Jerônimo, que reforçou a ideia e contribuiu muito para o desenvolvimento do conceito de que Satã uma vez já foi anjo bom, guardião, morador do céu, e outras mais. E a Ivete, se se apropriou de alguma forma dessa tradição para escrever sua letra (caso que não há comprovação, obviamente). 
André Francisco

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