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DIÁLOGO ABERTO, O ORIGINAL, é um espaço interativo cuja finalidade é a discussão. A partir de abordagens relacionadas a muitos temas diversos, dos mais complexos aos mais práticos, entre teologia, filosofia, política, economia, direito, dia a dia, entretenimento, etc; propõe um novo modo de análise e argumentação sobre inúmeras convenções atuais, e isso, em uma esfera religiosa, humana, geral. Fazendo uso de linguagem acessível, visa à promoção e à saliência de debates e exposições provocadoras, a afim de gerar ou despertar, em o leitor, um espírito crítico e questionador.

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sábado, 31 de maio de 2014

Não façais com os outros o que não quereis que vos faça

1. É mania de religiões proselitistas considerar a fé, crenças, material sagrado, ritos, liturgias de outros seguimentos quaisquer como coisa mitológica, da parte negativa de seus próprios conceitos doutrinários.


2. Mas, grande parte delas, quando recebe a mesma consideração, tratamento e posicionamento, reage com unhas e dentes para desmoralizar o rebate. Na prática, elas fazem com as outras exatamente as mesmas coisas que não toleram que alguém faça consigo mesmas.


3. No caso, se se tratar do cristianismo, alguma coisa deve ser reconsiderada, pois se sabe que um dos principais métodos de inclusão ao céu é "não fazer aos outros o que não se quer que faça consigo"!

André Francisco

sábado, 10 de maio de 2014

É pecado mulher usar calça comprida






1. Existem, ainda hoje, várias igrejas pentecostais e não pentecostais que desaprovam o uso de calça comprida para mulheres, fundamentando-se em versículos como o abaixo citado:





"Não haverá traje de homem na mulher, e não vestirá o homem vestido de mulher, porque qualquer que faz isto é abominação ao Senhor teu Deus". (Deuteronômio 22:5)


2. Por muitos anos, o texto acima tem sido usado para condenar o uso de calças jeans ou sociais por mulheres, considerando seus intérpretes que esse tipo de vestimenta, no Brasil, é majoritariamente masculino. Ou seja, qualquer mulher que os use comete abominação diante de deus, conforme ratificado. 

3. É interessante ser analisado o texto de acordo com a cultura de sua época. Historicamente, torna-se inviabilíssimo aceitar como verdadeira a afirmação que busca salientar qualquer relação com calça comprida para mulheres em tempos veterotestamentários, de acordo com Deuteronômio e a Lei do Pentateuco. 

4. O traje masculino daquela época nada tinha de semelhança com as roupas atualmente usadas pelas sociedades modernas, principalmente, em se tratando das ocidentais. O uso de batas era comum entre homens, vestidos longos com certos tipos de modestos adornos. Entre as mulheres, costumava-se também ser utilizado esse modelo de roupa, diferindo minimamente entre um e outro. 

5. Atualmente, é possível perceber a diferença entre modelos de calças femininas e masculinas, sendo já massificada a ideia nas pessoas de que essa diferença faz parte de uma moda simples e corriqueiramente utilizada. O fato da calça ter sido rejeitada, principalmente, no começo de sua utilização, e isto em relação às mulheres estadunidenses do século passado,  como do início do movimento evangélico no Brasil, não pode normatizar, até hoje, o tipo de identificação desse traje com abominação e rechaçamento. Ou até mesmo quando trata de utilização de calças aparentemente masculinas por mulheres, não há qualquer referência Bíblica, contextualmente, que especule, com juízo de valor, sua validação. O texto de Deuteronômio, com certeza, não serve para tal aplicação, como qualquer outro.

6. Tem sido veementemente salientada a questão da modéstia entre mulheres da igreja. Mas, com relação a esse assunto, outras cartas deverão ser lançadas à mesa, necessitando que haja uma análise ainda mais aprofundada em um estudo social para determinar qualquer intenção sobre. E, acima de tudo, uma observação, no mínimo, exegética-hermenêutica de versículos que são descompromissadamente usados para defender tais costumes e usos.










André Francisco

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