1. Tratar da utilização de álcool por religiosos é sempre uma questão polêmica, principalmente, em se tratando dos seguimentos que proíbem tal uso terminantemente.
2. Porém, acho necessário comentar a respeito, devido ao preconceito e a má utilização de textos Bíblicos com relação ao caso.
3. Primeiramente, muitas pessoas, a fim de usar a Bíblia para proibir o uso por cristãos, afirmam que, no Novo Testamento, qualquer aparecimento da palavra vinho trata-se apenas de suco de uva, com 0% de teor alcoólico. Ou seja, dizem que há uma proibição clara quanto à uva fermentada, não com a sem fermentação.
4. Para conhecimento, li inúmeros estudiosos sobre o tema "bebida" no mundo antigo, em um contexto hebreu, egípcio, grego, latino, e outros, para tentar descobrir se a informação era verdadeira. Logicamente, deparei-me com uma dificuldade inicial. 3 dos principais especialistas na área, arquelógica e historicamente, afirmam que não existia, há dois mil anos, época em que a história neotestamentária desenrola-se, remoção completa da fermentação da uva. Ou seja, não existia tecnologia que fizesse a extração do álcool do suco, deixando-o com 0% de teor embriagante. Essa técnica foi desenvolvida muito tempo depois pelos Europeus. Havia sucos que eram deixados para fermentar mais tempo do que outros, diferenciando, assim, a quantidade, surgindo a bebida forte e a normal, mas nunca 0%.
5. Logo, para começo de conversa, não havia chances tecnológicas de qualquer vinho ser 100% suco de uva, como encontramos atualmente nos mercados.
6. O vinho sempre fez parte do cotidiano da família judaica, desde a antiguidade. O seu consumo simbolizava os grandes triunfos da cultivação, a prosperidade, a alegria, união, e outras coisas mais. Ninguém tomava refrigerante há dois mil anos atrás, tomava-se o vinho com baixo teor alcoólico. Nas festa, de casamento, por exemplo, eram distribuídas bebidas mais fortes, especiais, conservadas justamente para ocasiões importantes. É o caso das bodas de Caná, em que Jesus transformou a água, deixando todos aqueles convidados alegres, prontos para continuarem o consumo.
7. A cerveja, em alguns casos, era consumida em um contexto judaico, mas não com tanta frequência quanto o vinho. Por ser uma das bebidas, senão a, mais antigas do mundo, com certeza, tinha sua influência notória naquelas regiões.
8. Biblicamente - termo que as pessoas gostam de usar; que eu acredito que não exista- não existe sentido em proibir-se o consumo moderado. Aliás, milhares de versículos estimulam tal fato, destacando livros de sapiência e poéticos.
9. Penso que exista uma generalização errada sobre o assunto dentro de círculos evangélicos, não possibilitando o cotejo de ideias que possam melhorar a imagem dessa "atividade" marginalizada.
André Francisco
Muito show brother..
ResponderExcluirObrigado, Lucas, pelo seu comentário.
ExcluirContinue nos acompanhando.
Diálogo Aberto, O Original.