O preço do barril de petróleo não para de cair- o valor depreciou 46% desde junho, chegando a US$ 63 na semana passada, o menor valor em cinco anos e meio. Pode ser que, a curto prazo, essa situação deva ter consequências positivas para o Brasil. Mas, a longo, prejudique os investimentos previstos para o pré-sal, já que há desvalorização (Lúcia Müzell; Adriano Pires).
É bem provável que a queda gere resultados positivos imediatos, como, por exemplo, o barateamento da gasolina, óleo diesel, derivados, considerando que o Brasil é importador. Resultado que atinge, logica e diretamente, os bolsos da população consumidora. E, diferentemente de outros lapsos econômicos mundiais e nacionais envolvendo o óleo da pedra, seria positivamente.
A questão principal, contextualizando, é a conexão que, sem sombras de dúvidas, ocorrerá futuramente entre as novidades que envolvem a queda do valor dos barris e os escândalos envolvendo a estatal Petrobras. Aqui, obviamente, destaca-se os grandes e poderosos veículos de divulgação de notícias em massa, que se propõem a se opor às medidas atuais de política governamental do país.
Há alguns dias, foi capa de determinadas fontes de notícia o suposto envolvimento de um escritório de advocacia estadunidense, Wolf Popper LLP, da qual fazem parte certos gringos que investem na Petrobras, quanto na abertura de uma ação coletiva contra a empresa, destacando o caso da operação Lavo Jato, que está em tramitação atualmente. É claro que a notícia sobre o escritório foi anunciada com um recheio de maldade que buscava conectar o escândalo de corrupção em voga com fontes estrangeiras a fim, ao meu ver, de gerar imagética seriedade a mais no caso. Quando os EUA estão envolvidos, para quem está de fora, é porque a situação está preta.
E na continuidade da matéria pretendeu-se mostrar que há um responsável por tudo isso, ou vários. Mas em quase nenhum momento as principais figuras do esquema, como indiciados e abertamente citados pela Justiça Federal, foram considerados como tal. Pelo contrário, a responsabilidade foi total e indiretamente jogada nas costas do Governo Federal e, consequentemente, do Poder Executivo.
Não há surpresa alguma que tenha ocorrido, depois de poucos dias, a divulgação de um relatório paralelo duro do processo, pela oposição, no congresso Nacional, acusando até mesmo a Presidenta de improbidade administrativa por causa da corrupção na Petrobras e nas empreiteiras relacionadas.
Aposto que os barris baratos vão virar notícia e serão lavados à Jato dentro de poucos dias. De alguma forma bem esperta, ou nem tanto, conectarão um assunto ao outro e divulgarão para o povo ver. Petrobras- Operação Lava Jato- Barris Baratos. Falta apenas uma mente criativa para ligar tudo isso e publicar em alguma página por aí.
André Francisco
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