Texto escrito em cumprimento às exigências da
disciplina de Princípios de Exegese I, 2011. André Francisco
Filósofo,
escritor de diversas obras, professor universitário, um dos mais destacados
pensadores de todos os tempos, principalmente em se tratando do século 20.
Nasceu em uma família de religiosos cristãos de confissão católica. Estudou na
cidade de Constança, entre o período de 1903 a 1906; em Friburgo até 1909,
cidade onde também se tornou professor de 1923 a 1928, como substituto.
Cursou
teologia e, paralelamente, aprofundou-se nas filosofias antigas, principalmente
nos argumentos de Aristóteles. Em se tratando de influências filosóficas
modernas, Heidegger iniciou seu aprofundamento no assunto a partir de leituras
de livros de Husserl. Simpatizava-se com a filosofia existencialista de
Kierkegaard, como também por Blondel. Investigou obras de Nietzsche, Emmanuel
Kant, Dostoievsky, grandes influenciadores de seu próprio pensamento
filosófico.
Autor
de diversas obras, entre elas, “Ser e Tempo”, em 1927.
Existem algumas outras de destaque: "Da Essência da Verdade" (1943), "Introdução à Metafísica" (1953), "Da Experiência de Pensar" (1954), "O que é isto, a Filosofia?" (1956), "O Princípio da Razão" (1956), "Da Pergunta sobre o Ser" (1956), "Identidade e Diferença (1957), "A Caminho da Linguagem" (1959), "Língua e Pátria" (1960), "Nietzsche" (1961), "A Pergunta sobre a Coisa" (1962), "Tese de Kant sobre o Ser" (1962), "Marcos do Caminho" (1967), "Sobre o Assunto Pensamento" (1969), "Fenomenologia e Teologia" (1970), "Heráclito" (1970).
Existem algumas outras de destaque: "Da Essência da Verdade" (1943), "Introdução à Metafísica" (1953), "Da Experiência de Pensar" (1954), "O que é isto, a Filosofia?" (1956), "O Princípio da Razão" (1956), "Da Pergunta sobre o Ser" (1956), "Identidade e Diferença (1957), "A Caminho da Linguagem" (1959), "Língua e Pátria" (1960), "Nietzsche" (1961), "A Pergunta sobre a Coisa" (1962), "Tese de Kant sobre o Ser" (1962), "Marcos do Caminho" (1967), "Sobre o Assunto Pensamento" (1969), "Fenomenologia e Teologia" (1970), "Heráclito" (1970).
As ideias de Heidegger foram a causa da
intitulação que ele recebeu como um grande filósofo metafísico. Esse
pensamento, com base na filosofia aristotélica, caracteriza-se pela
investigação das realidades que transcendem a experiência sensível, e especula
sobre as realidades suprassensíveis, valorizando-as como fonte do conhecimento
empírico. Essas especulações sobre as realidades suprassensíveis fizeram de
Heidegger o filósofo metafísico, ou seja, aquele que investiga a realidade, com
base em uma compreensão acima das naturais, sensitivas e perceptíveis na
realidade.
Grandes teólogos modernos foram
influenciados diretamente pelo pensamento metafísico de Heidegger. Entre eles,
destaca-se o nome do grande teólogo Rudolf Bultmann. Teve contato direto com
Martin Heidegger em Marburgo, na universidade onde lecionou por certo tempo. Martin
Heidegger viveu até 1976, onde morreu em maio daquele ano.
Análise pessoal
Indubitavelmente,
Martin Heidegger foi um grande filósofo do século 20, o qual, ainda hoje, serve
como base de ideias para muitas pessoas que procuram especular sobre as realidades
metafísicas. Tratando-se principalmente da filosofia metafísica de Heidegger, é
possível perceber a sua importante influência nos pensamentos de grandes
teólogos do século 20 e 21. Destaca-se o nome de Rudolf Bultmann, ressaltado
anteriormente.
A
teologia de Rudolf Bultmann sempre partiu do princípio de que a realidade
metafísica deve ser alvo de demonstração através das especulações humanas, que são, de fato, limitadas. O que o homem sabe sobre Deus não se torna nada
daquilo que realmente ele é, ou seja, todo conhecimento possível parte de uma
intenção subjetiva de construção, a fim de tentar, com palavras ou argumentos
inteligíveis, argumentar sobre o mundo metafísico.
Desse
modo, como o próprio Bultmann ressalta, “o homem que deseja crer em Deus deve
saber que não dispõe absolutamente de nada sobre o qual possa construir sua fé
e que, por assim dizer, se encontra suspenso no vazio[1]” (BULTMANN, 2005, p. 66). Quer dizer que a
especulação do metafísico é somente argumentação, não consegue atingir um nível
de sensibilidade de concretude que se identifique plenamente com sua realidade
factual.
Esse
tipo de ideia é influenciado pela especulação metafísica, onde as verdades que
devem ser expressas e pensadas são as supranaturais, porém, sempre considerando
a limitação das argumentações que possam ser feitas com relação a elas. Essas
argumentações sempre partem do “ser” do “indivíduo”, do “ente”, e são capazes
de serem expressas via suas próprias certezas, subjetivamente.
A
análise abrangente do ser, tanto para teologia quanto para filosofia, é
relacionada em um mesmo sentido. Bultmann acreditava na construção subjetiva de
uma narrativa sobre a fé em Cristo. Isso, em sua concepção, faz parte da
tendência de atribuir valor ao ente na especulação (pensamento heideggeriano).
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