1. Tudo bem.
2. Dizer que os evangelhos canônicos, escritos por sei lá quem, que narram teológico-interpretativamente a história de Jesus de Nazaré, atribuem-lhe, na maioria dos casos, um humor positivo, tranquilo, amoroso, compartilhante, socorrista, e outros, é aceitável.
3. Agora, dizer que esse humor positivo, tranquilo, amoroso, compartilhante, socorrista, e outros, faz parte, também, da personalidade de Yaveh da Bíblia Hebraica, é brincadeira de mal gosto.
4. Será que não é possível de se notar, lendo o texto, em português mesmo, que Yaveh não tinha bom humor, e que sempre é descrito como um deus irado, vingativo, justiceiro, guerreiro, ou seja, mal humorado?
5. Ah é, quase esqueci-me.
6. Há a questão das dispensações, ou seja, antes de Cristo, Yaveh tinha um trato com a humanidade, diferente do que tem agora. Antes, era tudo na base do chicote, do faça ou morra, do passe a espada nos pescoços da criançada, e torne-se o mundo todo judaico, legal, mosaico, e esperem todos o porvir, em que nascerá o ungido.
7. Nasceu o ungido, morreu, mudou-se o humor. Agora, o trato da mais recente dispensação é amoroso, longânimo, esperançoso, tranquilo. Já não mais com brutalidade, mas no sofrimento do filho do homem de Nazaré.
8. Certo, assim se explicam as coisas, e tudo fica mil maravilhas.
9. Mas esse negócio de dispensação é tão esquisito que, até para o Éden, conseguiram criar uma, a da inocência. Darby tinha sérios problemas de cabeça, só pode. E Scofield, com certeza, também.
10. No final das contas, e do mundo, o humor de Yaveh voltará ao embrião, ao original sentido, pois destruirá quase todas as coisas, e mandará bilhões para queimar eternamente nos infernos, segundo os apocalipses.
11. Bipolaridade divina e dispensacionalismo, perfeita harmonia.
André Francisco
Eu entro em crise quando tento conciliar O Yaveh do antigo testamento com a pessoa de Cristo. Gostaria que você me desse uma direção.
ResponderExcluirUm abraço
Rubens Dyego
Olá Rubens Dyego. Primeiramente, obrigado por escrever seu comentário, no artigo supracitado. A participação do público, no Diálogo Aberto, é sempre importante.
ExcluirEm se tratando da conciliação de Yaveh da Bíblia Hebraica, com Jesus de Nazaré da Bíblia Cristã, pode-se ter certeza que qualquer tipo de relação que se faça, desses dois personagens distintos, só pode ser sustentada a partir da alegoria. Tudo indica, na leitura do texto Hebraico, que Yaveh não tem nenhuma relação com a personalidade do Cristo, nem com os atributos, caráter, modo de atuação, fisionomia, mensagem, intuito, etc. Na verdade, o deus mostrado por Jesus de Nazaré é o Pai, que autores cristãos posteriores fizeram relação com Yaveh, principalmente Paulo. Porém, esse Pai é diferente, não possui as mesmas características do outro, veterotestamentário.
Para lhe ajudar, faça leituras que sejam focadas na exegese histórico-crítica da Bíblia Hebraica, e tente caminhar, relacionando o estudo sobre Yaveh, El, Shaddai, que são as divindades principais dos hebreus, com a religião dos cananeus, Assírios e Babilônicos. Isso contribuirá bastante, ao ver que existiram essas dependências e cotejo de culturas, para a construção da religiosidade judaica.
Mas, finalizando, relação de Yaveh e Jesus é apenas alegórica, isso, qualquer leitor do texto Hebraico consegue perceber, facilmente.
Um abraço, e continue acompanhando o Diálogo Aberto.
Agradeço pela resposta, pois fará uma grande diferença para mim.
ResponderExcluirParabéns pelo blog.
Um abração