Ontem estava na minha igreja. Via o espetáculo humano e a sua relação com o outro, as luzes se apagavam e acendiam, refletindo o palpitar dos corações, ansiosos pelo completar da espiritualidade.
O Palco estava montado, lá em cima os líderes tocavam o ritmo da festa, uma liturgia densa e alternativa, com muita liberdade de expressão, e cá em baixo os espectadores vibrantes tomavam altas doses de semiótica.
Seus corpos pediam mais e suas mentes estavam em outra dimensão, aquilo tudo era humano, demasiadamente humano. Pessoas de diversos tipos, buscando a felicidade, o encontro com o supremo, com a realização de seus desejos interiores e os encontros dos olhares, que revelavam suas necessidades, sem que precisassem ser ditas.
Observei e aprendi um pouco da realidade, aquele era verdadeiro culto, culto às paixões, culto às realizações do espírito e da carne, do ideal do amor e do preenchimento da solidão.
De repente, acenderam-se às luzes, a música parou, as pessoas iam embora. Eram 4 da manhã e o show da boate já havia terminado.
Rodrigo Mascarenhas
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