Será possível??? |
1. Animais falantes, dragões caóticos, serpentes voadoras, cuspidoras de fogo, alguns outros importados do imaginário mitológico de nações limítrofes, faziam parte da tradição cultural dos Hebreus, e foram material folclórico utilizado na construção de seus textos sagrados.
2. Caso interessante é o do, até então, profeta, meio pagão e meio ortodoxo, Balaão. Que, a mando de Elohim, levantou-se, arrumou-se, junto a sua jumenta, e foi-se, com outros (Nm 22.20).
3. Porém, a partir da mudança de mão do autor, apropriando-se de uma tradição javista para escrever, em outro tempo, a outra deity, que é Yaveh, monoteística, ficou insatisfeita, com a decisão de Elohim (Nm 22.22).
4. Yaveh se irritou, com aquilo que Elohim ordenou anteriormente, dois versículos atrás. Tudo se explica quando é notada a narração de um mesmo caso, por duas mãos distintas, uma eloísta, outra javista, que com suas contradições, quase sempre se salientavam, como contra-argumentação à outra.
5. Essa tradição de Yaveh, javista, que acreditava na capacidade dos animais falarem. É por isso que a serpente do Éden falou, a jumenta de Balaão também.
6. Coitado do Balaão que, ao obedecer Elohim, e quase ter sido descabeçado por Yaveh, tomou uma bronca do pobre asno.
André Francisco
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