Nas primeiras postagens desse blog, ou nas mais antigas, utilizei bastante a impessoalidade para escrever. Nunca escrevia os textos, fazendo uso de verbos conjugados na primeira pessoal do singular. Ou seja, quando expunha uma ideia, sempre a fazia com a partícula se, no final das conjugações verbais, o que caracterizava a indeterminação do sujeito da frase, ou da oração. Quem provocava a ação, ou quem pensava acerca de alguma coisa, na voz passiva ou ativa, era sempre indeterminado, velado atrás das possibilidades sintáticas de nossa língua. Não as clareava, propositadamente. Essa linguagem técnica é boa, científica, e acadêmica. Não é possível redigir conteúdo científico textual, atualmente, sem ela. Tão importante é que, quando não usada, torna qualquer trabalho monográfico, dissertativo, em apenas um ponto de vista subjetivo, sem estruturas básicas acordadas pela academia. No entanto, pensei que os temas que estavam sendo tratados, quase sempre sobre metafísica e religião, eram importantes de serem discutidos, com mais de mim (ainda que já tinha), para quem ler perceber, e, factualmente, em documentos eletrônicos, ter condição de descobrir qual é meu pensamento sobre, e, desse modo, poder afirmar a respeito da minha mente, não somente especular. Ou seja, já havia tudo de mim nas primeiras postagens, mas gramaticalmente não. Agora, propus colocar tudo do "ego", na gramática também. Pensei! Para toda discussão, naturalmente, requer-se uma percepção de ponto de partida, e essa percepção de ponto de partida, primeiramente, faz jus a todo conteúdo de alma do escritor, daquele que expõe a ideia em primeira mão. E acho que esse derramar de alma, em um sentido de se refletir particularmente sobre alguma coisa, não pode ser ocultado, por simplesmente ser diferente, em alguns casos, do que a maioria dos leitores pensa. Assim, resolvi escrever, determinando o sujeito, usando verbos na primeira pessoal do singular, para não ter erro, dúvida, ou não esclarecimento, a respeito do que é lançado no Diversittas. De começo, vou fazer um texto sim e um não. Dependendo do tema, é claro. Pois existem alguns que quero estar presente, na totalidade, principalmente na gramática, que é sagrada, e comunica.
André Francisco
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