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sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Mar Vermelho: a travessia que não existiu. Texto 2





1. Publiquei, há algum tempo, um texto sobre a travessia do mar vermelho, dizendo que ela nunca existiu. Como de costume, muitas pessoas- como esperava- vieram com paus e pedras a fim de me atacarem, questionando tal afirmação. Diziam que "é óbvio que aconteceu, pois está na Bíblia, clara e visivelmente. 

Para visualizar o texto: http://dialogoabertoriginal.blogspot.com.br/2013/02/mar-vermelho-travessia-que-nao-existiu.html

2. Pois bem. Para os que tiveram um pouco de descomprometimento ao ler o artigo anterior supracitado, refiro-me aqui definindo a questão principal da afirmação polêmica que fiz. 

3. A Bíblia Hebraica, parte canônica onde está localizada a história fantástica da travessia, no livro de Êxodo, usa a expressão "yam suf", traduzida por "mar vermelho", em sua narrativa. Poderia, mais corretamente do que temos em mãos nas Bíblias em português, ser traduzida como "mar de juncos". Existe uma forte teoria que afirma a localidade diferenciada entre o mar vermelho e o mar de juncos na antiga topografia da península do Sinai. 

4. Em se tratando de tradução e significado da palavra hebraica, é inquestionavelmente defendida a ideia de que os hebreus não atravessaram o "mar vermelho". Se houve qualquer travessia, ainda que não mitológica e fantástica quanto a história contada heroicamente no texto sagrado, não aconteceu naquele lugar tradicional, mas sim nos juncos. 

5. O texto que publiquei também abordava as diversas tradições encontradas no mesmo texto. Essa ideia defende que a história não foi contada e passada geração após geração homogeneamente. São várias as versões e as formas de se acreditar nesse evento. Tudo isso conforme o texto, principalmente, de Êxodo 15. 

6. É claro que para observar-se essas discrepâncias entre as tradições vistas em um versículo e outro precisa-se de pelo menos uma noção de crítica e avaliação científica dos textos. Porém, não é possível afirmar-se que esses problemas não existem, pois, factualmente, estão ali. 

7. A maior dificuldade dos que observam qualquer texto Bíblico está na falta de comprometimento científico e acadêmico para com suas leituras. A avaliação meramente devocional e de fé não é suficiente para sanar todos os problemas e dificuldades encontrados em uma simples visualização crítica dos textos. E, consequentemente, acaba acontecendo que os que fazem leituras desse tipo, quase que dogmáticas, distanciam-se cada vez mais dos argumentos científicos desse material, que se comprovam a cada dia exegética, arqueológica, histórica, antropológica, filologicamente.
  
8. Assim, uma simples afirmação de que há uma tradução errada na Bíblia já se torna grandemente dificultosa de ser aceitada. Coisa que deveria ser corriqueira. 

André Francisco

7 comentários:

  1. Veja isso meu caro André Francisco

    http://lucasbanzoli.no.comunidades.net/index.php?pagina=1084399708

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  2. QUERIDO ANDRE FRANCISCO, É LAMENTÁVEL O TEU APOIO NUMA CIÊNCIA QUE ESTÁ LONGE DE PROVAR UM FATO AO MENOS QUE ESTE SE REPITA, OU TAMBEM ESTOU ERRADO? COMPARE AS LEIS DA ABIOGENESIS, CAUSA E EFEITO, E PERCEBERÁS QU,E NO QUE DIZ RESPEITO A EVOLUÇÃO, POR EXEMPLO, NECESSITARAS ACREDITAR NA BIBLIA, E...i am surf NÃO É INGLÊS? UM ABRAÇÃO!!!

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  3. Não entendi a colocação de "i am surf". A expressão é "yam suf", que em hebraico significa "mar de juncos", não mar vermelho.
    A questão da abiogênese não tem muito a vê com o caso supracitado, sendo uma teoria que afirma que, em um espaço pequeno, a vida surge apenas pela vida. Essa teoria não serve para esferas espacias maiores, amplas, complexas, apenas para simples.

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    1. Julio César da Silva12 de agosto de 2015 às 20:20

      Caro André, como você mesmo citou no item 3 - existe uma forte teoria, isto quer dizer que não é algo comprovado.Pelo que me consta teoria é uma hipótese ou seja algo não comprovado.

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  4. Por favor, não consideres estes comentários. Seu blog é muito interessante e eu acompanho cada texto publicado.
    Infelizmente muitas vezes os mais ignorantes é que acabam comentando.

    Parabéns pelo blog.

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  5. Julio, primeiramente, obrigado por seu comentário em nosso Blog.

    Quando citei que há uma teoria sobre a localização diferenciada do Mar, usei a palavra de maneira acadêmica, que dificilmente trata qualquer argumento, ainda que comprovado, como lei. No entanto, no que se refere ao tema proposto, o próprio texto Bíblico deixa claro, ao usar as palavra suf, em hebraico, que não se trata do Mar Vermelho, porém, de "juncos". A tradução está equivocada durante séculos e, ao meu ver, sempre estará. Quanto a isso, não é simplesmente uma teoria, mas o texto em si, essencialmente, auto declara-se interpretado erradamente.

    Muito obrigado. Continue nos acompanhando.

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  6. Neste link
    https://noticias.gospelprime.com.br/estudo-moises-mar-vermelho-ciencia/
    um cientista mostra através de simulações de computador
    que, dadas as circunstâncias adequadas, "....um vento de 100 km por hora,....."

    Um vento soprando a 100 km por hora abre o "mar" mas não arrasta pessoas também??

    Eu vi essa demonstração num documentário, mas ninguém perguntou o que aconteceria com as pessoas que estivessem no caminho desse vento.

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