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segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

O sol e a lua criados no quarto dia



1. Tudo bem. Tratar os textos da Bíblia Hebraica como religiosos, passa. Mas tratá-los como conteúdo científico, e acreditar que os seus autores tinham noção da realidade física do mundo, mas usaram conscientemente uma linguagem fictícia apenas porque não era o propósito inicial da escrita, é pura desonestidade.

2. Eles não sabiam de nada sobre ciência, física, geografia, história, nada, absolutamente, quando comparado ao conhecimento atual. Eles, sim, acreditavam em mitos, acreditavam mesmo. Por exemplo, no caso de uma história da Bíblia Hebraica sobre um monstro que mora no mar e que tem várias cabeças e que devora os navegantes pela noite, não se trata de uma utilização consciente do autor de mitos que o circulavam, não. Trata-se de uma crença naquele mito, de fato, por isso que ele o usou.

3. Quando outro autor escreveu que o sol parou, não quer dizer que ele não se propôs a ser científico e que por isso não disse corretamente que a terra é que estava parada sempre. Não! Ele realmente acreditava que estava escrevendo da maneira certa, ou seja, o sol havia parado, não a terra. 

4. Quando mais um disse que a serpente do Éden falara e enganara o primeiro casal, espantem-se, ele acreditava realmente que animais no jardim inicial falavam. Nunca, digo, nunca se passou nenhuma outra ideia na cabeça desse autor, em se tratando de veracidade da narração. O sentido da história obviamente que era político-religioso, ou seja, tinha um significado maquiavélico e controlador por trás. Mas a ideia textual em si, o mito utilizado, era crendice, era creditado, seguido. 

5. Satã só entrou naquela serpente muito tempo depois da sua escrita original. Foi transmutado o significado, dado, outorgado ao adversário, muito depois. Até então, era o animal que falava, apenas!

6. Ou seja, o coitado do escritor da primeira narração da criação (Gênesis 1) realmente acreditava que o sol e a lua, governadores como ele os chama, influenciado pela astrologia babilônica, foram criados no quarto dia. Mesmo sendo eles os agentes lógicos do que chamamos de dia e noite, tarde e manhã. Mas ele não se ateve a isso, apenas escreveu. Não se sentia constrangido em terminar os dias da criação com a expressão "tarde e manhã", não mesmo. Seus "leitores" (?), camponeses pobres que mal sabiam falar, obviamente que iriam acreditar na história. Não havia questionamento científico, lógico, real na época. Apenas crença. E é o que deveria existir atualmente na mente de metade dos cabeças chatas que leem a Bíblia, apenas a crença, a fé. Nunca nada científico. Não se sustenta. 

7. Se é pra se acreditar, tem de se acreditar pelo argumento da fé. Malditos os liberais que a validaram pela experiência. Fizeram a bagunça da validação da fé-experiência se tornar mais adjungida à espiritualidade moderna. Mas, fazer o quê, não é?

8. Agora, tratar honestamente o texto, é lê-lo com seus pontos nos is. Sem tirar nem pôr, seja por tradição, dogma, falcatrua e outros meios. 

André Francisco

Um comentário:

  1. A lua e o sol foram criados no 4º dia porque a terra é plana, ela não gira em torno do sol

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