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sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Quem faz teologia fica louco!



1. Quem faz teologia fica louco! Exclamam constantemente crentes anti-intelectualistas, encabrestados pelas cordas das doutrinas e dos dogmas que confessam. 

2. Normalmente essa exclamação tem dois principais objetivos conexos. 

3. O primeiro, de desencorajar as pessoas a procurarem saber sobre teologia e terem, com isso, novas informações sobre suas crenças, até então, ouvidas e confirmadas somente no espaço-templo. 

3. Segundo, através do desencorajamento inicial, gerar tanto a conformidade em cada indivíduo, como a obediência acrítica. Ou seja, a fim de amarrarem-se os burros aos pés de cadeiras de plástico, dizem-lhes que são perigosos quaisquer movimentos de extrapolação  além daquilo que foram "ensinados".

4. Frase quase que a modo da Lei Celerada, aprovada por Washington  Luís, em 1927, contra os chamados "delitos ideológicos". Essa que tinha o poder de se opor, "legitimamente", a todos os movimentos de insurreição a seu governo, quase que ditatorial, ou pelo menos centralizador, ao modo da maioria dos outros que lhe precedeu.

5. Esse tipo de atitude, por parte principalmente dos chefes da religião, já é antigo. Lembra-me o que fizeram os sacerdotes hebreus, com os pobres camponeses da palestina judaica, VI. Principalmente pela manipulação escrita, entregada, como sendo boca de Yaveh para os simples acreditarem e não questionarem, de maneira nenhuma. 

6. Um caso interessante é a história da árvore do conhecimento do que é bom e do que é mau. Diziam os sacerdotes àqueles, codificando o desencorajamento à busca pelo saber através da narração da criação do primeiro "casal":

 -Não toquem na árvore, homem e mulher, pois, quando tocarem, e consequentemente comerem do seu fruto, e subsequentemente se abrirem os seus olhos, vocês serão amaldiçoados e expulsos da presença de Yaveh
- O conhecimento do que é bom e do que é mau não lhes interessa, porém, somente, a obediência. Quem sabe de tudo, daquilo que é bom e mau, somos nós, do templo, sacerdotes, intermediários entre vocês e Deus. 

8. Outro, a história de Caim e Abel, onde somente o cordeiro é recebido como oferta, por Yaveh. Óbvio, pois no templo se faziam sacrifícios com cordeiros, coisas da terra são para deuses pagãos. 

7. Atualmente é a mesma coisa. Dizem os patronos da religião do templo, a partir do templo, às multidões:

- Quem faz teologia fica louco! A única teologia que vocês devem fazer é aquela programada pela igreja, onde eclesiasticamente se tem o controle sobre o material a ser ensinado. Não comam comida estragada, mas sim, aquela que desce diretamente de Deus, dada pelo Espírito Santo, e ensinada por nós, aqui, no templo (doutrina).

8. Então, o caso é o mesmo, mudaram-se somente as épocas dos ocorridos. 

9. Por que tais semelhanças prevalecem mesmo em tempos ímpares?

10. Porque a religião continua objetivando a mesma coisa. O que a consolida como tal se mantem intacto. As forças políticas, proselitistas e manipuladoras das massas, que oferecem alívio tão almejado, em troca do controle de suas mentes e corações. Um sistema ininterrupto, que só difere num ponto aqui, em outro lá, mas, essencialmente, o mesmo. 

11. E ai dos quaisquer, quando se propuserem a discordar, de um ponto aqui e outro lá. 

12. Tomara que as medidas tomadas pela Inquisição para o tolhimento de quem pensava diferentemente não sejam retomadas. 

13. Por enquanto, atestado de insanidade basta. 

André Francisco

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